terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Já repararam que o Pedro Almodóvar se parece com o Steve Bannon?





Tirando o facto de um ser uma pessoa horrível e o outro um tipo interessante, são quase a mesma pessoa.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Já me fui mas a frustração continua

Quem tem lido este blog assiduamente, como por exemplo a Sofia Aparício e o Herman José, sabe que passei meses, que pareceram anos, que pareceram muito tempo, a tentar fugir da ilha pequena, estapafúrdia, gelada, chuvosa, merdosa, não sei se já disse estapafúrdia, que se chama Grã-Bretanha. Pois bem fugi, vivo no calor caralho! Esta merda deveria ser celebrada e garanto-vos que foi no momento apropriado. Daí que não escreva: estive bêbedo durante 3 meses.

Curiosamente, um gajo dado à melancolia até se pode sentir um bocadinho melhor quando faz sol, mas a puta da tendência para a abstracção persegue-nos caralho, e não nos deixa em paz.

De modos que até já.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Pois parece

Pois parece que a falta de melancolia é inimiga da mais elevada forma de expressão conhecida à mulher, e ao homem já agora, a escrita. A escrita é a forma mais elevada de expressão pois é a única que necessita aprendizagem, regras colectivas de entendimento, expressão individual e subjectiva e apropriação colectiva. Nós já fazíamos pinturas e música antes de sabermos como tear uma camisola com uma máquina a vapor. Mas escrever é recente e para poucos*.


Felizmente a puta da melancolia volta com regularidade.


Já agora uma mensagem aos Brexiters que votaram Brexit por causa dos imigrantes e porque querem que o seu país volte a ser soberano ou o caralho que os parta a todos: vão-se foder, esta ilhazinha de merda não vale a ponta de um corno. Não fosse o Newton e o Watt aqui há uns anitos atrás e estarieis tão atrasados como os Somalienses.


Outra mensagem para os Brexiters que votaram Brexit para mandar o establishment para a puta que os pariu e porque vos sentis negligenciados pela integração económica que a vós pouco vos serviu: têm o meu apoio moral e compaixão. O Brexit vai-vos foder ainda mais, porque caso não tenham reparado deram poder aos maiores palhaços desta pequena ilha gelada e estapafúrdia no Atlântico Norte, mas entendo e partilho a vossa frustração, ainda que financeiramente a vida nem me corra mal.


Best regards,

Marques


* Uma boutarde para o jantar, incha!

quinta-feira, 9 de junho de 2016

O levem-me daqui

é sentido nos ossos, nas carnes, na película mitocondrial, nos interstícios da espinha. Não é uma foto ao acaso, mas representa literalmente aquilo que se vê: estou aqui de arraiais assentados, como se estar fora da minha terra fosse um protesto permanente, mas na verdade o que quero é que me arranquem daqui, à força se necessário, e me levem para casa. Eu fingirei indignação, porque se não pareceria que tudo isto era uma merda sem sentido, mas na verdade deixar-me-ia levar sem grandes resistências, pensando para mim: levem-me daqui, por favor, levem-me daqui caralho, levem-me daqui filhos da puta de um cabrão.



A felicidade amolece

e faz com que escreva menos, mas a felicidade dura pouco. Voltarei em breve.

quarta-feira, 27 de abril de 2016