quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Seja qual for a opinião que se tem sobre este assunto - bardamerda para a opinião que os outros têm sobre este assunto.

Uma das coisas mais irritantes que se escreve e se diz repetidamente é esta coisa do: independentemente do que se pensa sobre isto ou aquilo, há que reconhecer que tal e coiso. Não, caralho, aquilo que 'reconhecemos' é directamente produto daquilo que opinamos. E que tal ter os túbaros no sítio e admitir o que se pensa, em vez de tentar por subterfúgios legitimar a nossa opinião tentando apresentá-la como objectiva e neutra?

Dependendo daquilo que se pensa sobre isto ou aquilo, assim reconheceremos que ou isto ou aquilo têm valor. Assim sim!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim, assim,

As minhas obsessões são repetitivas, as minhas obsessões são repetitivas, as coisas de que gosto vejo-as/ouço-as/leio-as repetidamente. Será o paradoxo da escolha a afectar uma mente fraca, sobre-estimulada, sobre-estimulada, cansada, isolada, melancólica como a minha: tanta coisa para fazer, reduz o que faço. Só quero fazer umas poucas coisas para não ter que pensar em tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, o que poderia fazer, ouvir, ver, ler e por isso faço apenas o que faço muitas vezes.

Canso-me, não de trabalhar muito, que não sou estúpido para me deixar levar por essas manias; canso-me de estar sempre alerta e desiludido, a viver abaixo do que poderia se tivesse outra cabeça/corpo/vida.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Orgulho do caralho

Há poucas coisas das quais me orgulho verdadeiramente, coisas que mesmo quando me sinto uma merda (o que recentemente tem sido recorrente) continuam a dar-me um calorzinho na pila. Uma delas é o nome deste blogue de merda e outra são algumas das fotos que escolho para pôr aqui. Não fui eu quem as tirou mas fui quem as seleccionou, entre os milhares de fotos que existem na puta da internet, com um interesse especial pelas que habitam no site da magnum.

Orgulho-me também das coisas que me fazem sentir uma merda. Orgulho-me de ter desamparado a loja há uns anos e ter ido por esse mundo fora a fazer merdas inconsequentes sem interesse nenhum, mas que ainda assim me permitiram andar para trás e para a frente. A chatice é que chego agora a um ponto na minha vida em que tudo isto me parece uma parvoíce do caralho e as fotos dos meus amigos a beber cerveja no bar de sempre, com os gordos e as feias de sempre, e o barman de sempre e o mete discos de sempre deixam-me todo arrebentado emocionalmente, desejando trocar todas as viagens, estadias, experiências, amizades, artigos científicos, gajas (poucas infelizmente), cervejas e comidas em sítios especiais pela possibilidade de voltar a viver na terra pequena e estapafúrdia de onde saí. Se tivesse que voltar fartava-me em 2 segundos, mas ainda assim trocava tudo por poder ter uma vida simples, parva, repetitiva e aborrecida, perto dos meus pais e família.