quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Orgulho do caralho

Há poucas coisas das quais me orgulho verdadeiramente, coisas que mesmo quando me sinto uma merda (o que recentemente tem sido recorrente) continuam a dar-me um calorzinho na pila. Uma delas é o nome deste blogue de merda e outra são algumas das fotos que escolho para pôr aqui. Não fui eu quem as tirou mas fui quem as seleccionou, entre os milhares de fotos que existem na puta da internet, com um interesse especial pelas que habitam no site da magnum.

Orgulho-me também das coisas que me fazem sentir uma merda. Orgulho-me de ter desamparado a loja há uns anos e ter ido por esse mundo fora a fazer merdas inconsequentes sem interesse nenhum, mas que ainda assim me permitiram andar para trás e para a frente. A chatice é que chego agora a um ponto na minha vida em que tudo isto me parece uma parvoíce do caralho e as fotos dos meus amigos a beber cerveja no bar de sempre, com os gordos e as feias de sempre, e o barman de sempre e o mete discos de sempre deixam-me todo arrebentado emocionalmente, desejando trocar todas as viagens, estadias, experiências, amizades, artigos científicos, gajas (poucas infelizmente), cervejas e comidas em sítios especiais pela possibilidade de voltar a viver na terra pequena e estapafúrdia de onde saí. Se tivesse que voltar fartava-me em 2 segundos, mas ainda assim trocava tudo por poder ter uma vida simples, parva, repetitiva e aborrecida, perto dos meus pais e família.