sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Cá está!

Era isto que eu estava à espera e não daquela coisa do Bruno Alves, que embora contaminada pelo vírus direitista estava bem pensada e inteligente. Esta arrogância tecnocrática do Lopes é bonita, especialmente aquilo do 1+1=2. Porque se de facto as coisas são assim tão simples, este governo está cheio de incompetentes, uma vez que falharam repetidamente nas suas previsões e a sua austeridade patriarcal não levou ao crescimento. É bonito também que quem defende austeridade, desemprego e fome sem resultados se veja como a voz da razão, mas quem defende o restauro de um pouco de dignidade aos Gregos seja um radical. Está bem feito sim senhor.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Sim senhor

Muitos parabéns e tal e coiso, conseguir uma bolsa da ERC é dificílimo, logo conseguir duas é difícil pa caralho. Mas passemos ao que verdadeiramente importa: de vez em quando gosto de descobrir comentadores como o Sr Abel Moreira, que encontrarão lá para baixo nesta notícia, isto se ainda não tiverem atingido a merda dos 10 artigos grátis por mês no Público. Este tipo de comentadores (que se encontram por aí e nalguns casos até fizeram história, como a Zazie ou o Euroliberal, dos maus velhos tempos quando as pessoas ainda liam blogues) costumam combinar as mesmas características: defendem uma teoria qualquer meio esotérica sobre a vida, o mundo, ou outra merda qualquer, que raramente revelam, preferindo antes falar por meias-palavras e deixar subentendido que eles sabem a verdade sobre as coisas, só que não a revelam porque não vale a pena; são extremante agressivos (ou melhor, passivo-agressivos), mas ao mesmo ficam muito indignados e magoados com os ataques que sofrem dos outros comentadores; têm tendência para discordar das regras gramaticais e ortográficas, contra as quais se rebelam com frequência; são extremamente obcecados, comentam repetidamente e respondem a qualquer resposta e ainda bem, porque caso contrário não teriam interesse; e acham que estão a ter um impacto imenso na sociedade portuguesa. De entre as coisas que a Internet nos atirou para cima desde que apareceu, a emergência destes heróis anónimos é das coisas mais interessantes que gerou, a par da massificação da pornografia. Pergunto-me quem serão estas pessoas, que vida têm, falarão da mesma forma com as pessoas que têm à sua volta no mundo real? Se calhar são aquele tio que se vê uma vez por ano na matança do porco, que entretêm os putos com histórias mas com quem os adultos mal falam porque o gajo é chato pa caralho. Ou então são gajos totalmente normais, que votam PSD e defendem que é preciso fazer sacrifícios e que depois escrevem estas merdas nas caixas de comentários. Ou então são mesmo uns esquisitóides, que vivem fechados em casa com as persianas corridas e passam o tempo todo em frente ao computador.

Não sei quem são, mas sem eles a minha vida seria mais aborrecida.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O que acham?

Às vezes dá vontade de um gajo sumir-se, mas nunca quis ser assim.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Viva o Syriza de ontem; abaixo o Syriza de amanhã!

O mundo (ou a vida, dependendo das vossas sensibilidades estéticas), na sua desavergonhada tendência para mudar pouco, raramente muda muito. Desse ponto de vista a vitória do Syriza não trará nem o fim do mundo nem o princípio do fim para quem tem mandado no mundo. Dito isto, saúdo, aplaudo e regozijo-me com a vitória destes jovens, a quem desejo as melhores felicidades.

Já chega de austeridade caralho! Ainda não perceberam? Acho piada aos austeros, que perante o falhanço espetacular da sua pequenina experiência com a vida de todos nós, carregam para a frente, dizendo que o problema foi que não houve austeridade suficiente. Isto faz-me lembrar os anos 90, quando se tornou irremediavelmente claro para todos que a União Soviética tinha sido apenas um projeto de assassinato em massa, que a China já não era o que nunca tinha sido e que em Cuba só se aproveitavam os resorts, e os comunas que ainda restavam diziam: o problema é que até agora não houve comunismo a sério, mas da próxima vai correr tudo bem, confiem em nós. Em vez de reconhecerem as falhas estruturais do seu projecto, focavam-se nos supostos desvios, ignorando que os desvios eram na verdade centrais a qualquer sociedade ditatorial e centralizada.

Não querendo comparar a Merkel e o Passos Coelho ao Estaline e ao Mao-Zedong, porque jamais me passaria pela cabeça insultar dessa forma estes últimos (não pude resistir à tentação de fazer esta piadola, desculpem), a defesa da austeridade sob o argumento de que o único problema foi a sua insuficiência cai na mesma falácia argumentativa. Claro que houve austeridade minhas bestas e não levou ao que vocês previam, a saber: ao retorno do crescimento económico, desta vez assente num sector privado dinâmico e competitivo e à resolução do problema da dívida pública. É hora de assumir o erro e calarem-se. Em vez disso vemos os austeros passar da agressividade de 2010, quando batiam no peito assombrados com a sua própria espetacularidade, para o ressabiamento piedoso de 2014, quando dizem: ai é, não gostam de nós, podia ter sido pior, como se atrevem a criticar-nos, acham que o Costa e o Tspiras são melhores, logo verão, quando já não poderem contar com pessoas de bem como nós - isto antes de irem trabalhar por convite para uma consultoria qualquer a 'abrir portas', como os grandes empreendedores que são.

A eleição do Syriza não vai permitir correr imediatamente com esta corja, até porque a única mudança que corre bem é aquela que ocorre gradualmente e na continuidade. Tendo em conta a promessa que representa este partido, é inevitável que em breve eles desiludam uma parte importante da sua base de apoio (porque vão ter que andar devagar), ou então que façam disparate, andem demasiado depressa e se tornem nos venezuelanos da europa. Seja como for, vão desiludir tanto os críticos como os apoiantes. Mas se conseguirem mover um milímetro que seja a política europeia no caminho da reconstrução da social democracia, do reequilíbrio das forças políticas e do enrabamento colectivo da 'indústria' financeira, terão os meus parabéns.

PS. O Bruno Alves, entre cacetadas, decidiu escrever sobre a Grécia e o Syriza. Fico surpreendido que tenha escrito tanto e coisas tão interessantes, ainda por cima n'O Insurgente. Cruzes credo! Não posso dizer que concorde com tudo, mas isso também se aplica ao que eu escrevo aqui.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Merdices que se ouvem na net


Reparem que os brincos das gajas estão dispostos simetricamente, ou dito de forma metafórica, figurativa, quem sabe até alegórica, estão em capicua.

Frozen

Viver em cidades frias, em países do norte, é merdoso. Podia falar-vos da falta que me faz a voluptuosidade do Verão, das saudades que tenho de estar ao ar livre despreocupadamente, do prazer de beber uma cerveja numa esplanada. Mas ao invés anuncio-vos que os tomates me encolhem ao ponto de quase desaparecer quando vou dar uma corrida, que mandar uma queca é difícil porque faz frio mesmo debaixo do edredão e que mal tenho vontade de me baldar ao trabalho, o que leva ao desfecho miserável de trabalhar mais do que seria desejável.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Olhem-me bem para esta merda

Dei com esta notícia há coisa de uns minutos e daí fui dar a esta outra. Refere-se a uma empresa da qual nunca tinha ouvido falar (Zappos) e de um novo, radical método de gestão Holacracy, no qual não existem títulos, nem gestores, nem hierarquias! É tudo muito radical e inovador, com montes de gente cheia de dinheiro a falar de transparência e de potenciar os processos criativos e o caralho que os foda a todos.

Depois fui à página da Zappos e aquilo é um website que vende sapatos e roupa. É mesmo preciso tanta merda para vender sapatos e camisolas através da Internet? Andam a aborrecer as pessoas com re-engenharias radicais do local de trabalho e processos simplificados que permitem ao trabalhador blah blah blah em vez de se preocuparem em pagar bem aos empregados e fazê-los sentir-se bem durante aquelas horas fatídicas do dia em que não podem estar em casa a ver porno na Internet.

Mas este disparate de proporções helénicas (se forem aos links linkados em cima entenderão porque usei o helénico nesta frase e ganharão um kit-kat, daqueles que é só um palito grosso e gostoso que derrete na boca) não fica por aqui: há uma puta de uma empresa de consultoria dedicada a isto! Proponho uma alternativa e busco desde já investidores: uma empresa chamada como.fazer.dinheiro.sem.chatear.as.pessoas e terá um método standard que se aplicará a todos os nossos clientes: aprenda a fazer bem o que quer vender, contrate o número necessário de pessoas para o fazer, trate-as bem e pague-lhes apropriadamente, faça publicidade para chegar ao cliente, trate o cliente bem, dentro do possível, tendo em conta que a maior parte dos clientes são uns merdas mal agradecidos, e desfrute dos lucros hedonisticamente. Chamamos a este método o retro-vintage approach to supreme management, incluimos umas merdas sobre o conhecimento, a creatividade e a globalização e vamos ficar ricos caralho!

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A vertigem não vertiginosa


Bom, um gajo destrai-se e acontece um montão de merdas. Vamos lá a classificar tudo isto de forma objectiva e atemporal: 

Na semana passada uns tipos acharam que seria de bom gosto matar pessoas em Paris. Depois veio a merda do costume, os defensores corajosos da liberdade de expressão (meu Deus, quanta coragem existe neste mundo, somos mesmo homens e mulheres com h e m grande), os que acham que a culpa é do Islão, que a culpa não é do Islão, que a culpa é do Ocidente, que sim senhora é feio matar mas também é feio gozar com os outros e por fim aqueles que não pensam nada mas gostam sempre de descontruir, para demonstrar que apoiar o Charlie é bom mas mau, porque o Charlie não era quem pensámos que era, mas sim outra coisa, logo somos todos sexistas-racistas-islamofobos-omnívoros. Esqueceram-se todos que a culpa é do Obama, claro.

Mas agora vou eu atirar os meus dois cêntimos: não sou Charlie, não porque tenha aversão ao periódico em questão ou à mensagem que pretendiam passar, até porque isso não interessa para nada. Não sou Charlie porque até hoje nunca na tive na situação daqueles indivíduos, que após terem sido atacados e ameaçados continuaram a desenhar até serem executados. Gostava de pensar que se estivesse na situação deles reagiria com a mesma coragem estapafúrdia, mas não sei. Se calhar tinha medo e mudava de emprego, ou migrava para assuntos menos perigosos. Logo o mais correcto seria dizer: gostava de ser Charlie, mas será que seria capaz? Não fica tão bem na foto de perfil do facebook, mas seria mais apropriado.

Depois há outra questão: a atribuição de culpa. A culpa meus amigos não é do Islão. A culpa é da política! Ah pois é. Só que falo de política enquando estudo da distribuição e exercício do poder e desse ponto de vista o que se passa aqui é muito simples. Existe uma confluência de poder espiritual e poder terreno, o primeiro conferido pela presença de alguns indivíduos no topo da pirâmide interpretativa das palavras que se sucedem umas às outras no Corão e o segundo conferido pelo respeito que alguns (outros) indivíduos recebem derivado de terem um exército às suas ordens. O poder dos primeiros depende dos segundos, pois a sua visão do que é a religião implica um controlo quase absoluto da mente, incluindo uma manipulação do que mais íntimo existe em nós, a nossa sexualidade. Para fazer isso de forma tão violenta como se faz hoje em dia em muitos países islâmicos (especialmente violenta para com as mulheres) é preciso o apoio de um poder muito terreno e mundano, aquele conferido pelo poder do bastão, da carabina e da prisão. Os segundos precisam dos primeiros, pois a aura espiritual que rodeia o seu poder terreno dá-lhes um acesso imediato aos corações e cérebros dos cidadãos. No meio disto tudo aparecem uns putos sem direcção, que em vez de arranjarem uma gaja para passar o tempo até chegarem a adultos encontram um gajo que os radicaliza e os coloca ao serviço do poder acima mencionado. Eles podem pensar que estão a lutar por algo de trasncendente, místico, omnipotente, algo que lhes dá um sentido à vida e uma identidade. Mas não, é mesmo só para satisfazer o ego de uns quantos filhos-da-puta que gostam de mandar. 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Os portugueses que dizem mal dos Portugueses deviam ir todos à merda

Falo-vos secamente e sem segundas intenções: os portugueses que dizem mal dos ‘portugueses’ são na sua maioria ignorantes, paroquiais e estúpidos. Façamos aqui um exercício de reflexão que me ajuda a clarificar tal afirmação.

Imaginemos uma aldeia pequena e isolada. Um dia um dos habitantes tem que se meter no autocarro e ir à cidade por duas semanas, por razões várias. Fica em casa do tio-avô, jardineiro na junta-de-freguesia de Benfica e após resolver os seus afazeres vai dar uma volta pela capital. Acha a baixa muito bonita, ofende-se com as liberdades a que se permitem os homosseuxuais quando protegidos pelo cosmopolitanismo do Bairro Alto e senta-se num banco no Parque das Nações a admirar a Ponte Vasco da Gama. Quando volta à aldeia sente-se um homem mudado e as rotinas que antes o confortavam parecem-lhe agora opressivas. A sua revolta interior vira-se para fora e passa a olhar para os restantes aldeãos com desprezo, criticando as suas vistas curtas e falta de ambição. Nem os pesadelos ocasionais, em que se imagina numa orgia homossexual com um homem efeminado a afagar-lhe o escroto enquando um bear peludo o penetra violentamente, o demovem da sua obsessão com a óbvia superioridade da vida urbana.

Ora pergunto eu: quem é neste contexto o verdadeiro pacóvio? O ignorante, cuja falta de ambição intelectual deriva das limitações óbvias do ambiente no qual nasceu, e que como nos ensinou o pai Marx, não é produto da sua acção? Ou aquele que após ter adquirido um conhecimento superficial e pouco sistemático da vida para além da aldeia se acha mais evoluído, embora daí não resulte nenhum desejo de aprender verdadeiramente e profundamente, mas apenas a vontade de adquirir meia dúzia de dados que lhe permitirão confirmar e enraizar o seu preconceito e arrogância? A resposta está obviamente implítica na forma como fiz a pergunta.

O agente ignorante, pacóvio e provincial é aquele que se contenta com saber o suficiente para se elevar um bocadinho acima da merda e não aquele que ignorando essa possibilidade tão pouco a pode equacionar.

Vem isto a respeito do livro publicado por esta gaja. A premissa é desde logo estúpida: diz que fez entrevistas e procurou informação para desenvolver a sua tese mas depois diz também que isto são as coisas que sempre disse. Logo coloca-se nesta categoria dos que não querem verdadeiramente aprender nada mas apenas confirmar a sua arrogância completamente despropositada. Porque meus amigos, se Portugal não é o melhor país do mundo, tão pouco é o pior. Portugal é o que é, um país pobre até há pouco tempo, que melhorou nalgumas coisas muito rapidamente, noutras devagar e noutras pouco ou nada.  Se esta senhora fosse menos paroquial e ignorante e fosse mais bem intencionada teria concluído isto mesmo e teria evitado estragar meia dúzia de árvores a publicar um conjunto de páginas fixadas numa lombada a que alguns ousaram, corajosamente, chamar uma reflexão.

Mas isto não acaba aqui. Esta arrogância é comum em certos e determinados quadrados da sociedade portuguesa. Já o cagalhão do Salazar se apoquentava com a pieguice e excesso de emoção dos portugueses. Pior, parece-me que este desprezo é comum entre aqueles que tragicamente nos governam. A bem da verdade o desprezo é mútuo sendo que no entanto o nosso desprezo por esses selvagens é justificado.

O que é que significa tudo isto? O que eu gostava mesmo, mesmo, mesmo era que todo e qualquer debate fosse influenciado por pelo menos uma vontade de saber, aliada a uma genuína humildade intelectual. Sendo que isso não vai acontecer sugiro em alternativa que da próxima que se depararem com um destes animais, que fale com regozijo do ‘óbvio’ desajustamento cultural dos portugueses às necessidades da vida moderna, reajam dando-lhe um par de estalos pós-modernos, daqueles que demonstram a futilidade de qualquer argumentação adicional, deixando ainda assim bastante claro o vosso posicionamento.

O papel do futebol nas sociedades contemporâneas

Este é um ensaio prospectivo, aprofundado e sistemático sobre o papel do futebol e do futebolista na sociedade contemporânea. Assume-se que o leitor reconhece que vivemos numa sociedade pós-moderna, informacional, globalizada e em rede e que tem consciência do que isso significa para o assunto em questão, nomeadamente no que respeita à financialização da economia e à erosão das formas de poder tradicionais, pós facto, ex-ante, inter alia, ceteris paribum. 
 
Chega pois ao fim a época natalícia, período em que os jornalistas deste nosso belo país visitam eventos patrocinados pelos betos de Cascais e da Lapa, para demonstrar o bonito e recomendável espirito natalício. Há quem reclame futilmente que estas coisas deveriam ocorrer o ano todo, ignorando que o problema não é a falta de espírito caridoso entre aqueles que supervisionam o bem-estar natalício dos que menos têm (eufemismo usado nesta altura para falar de pessoas com vidas de merda), mas sim a falta de chá dos pobres que insistem em ter fome e necessidades quando não é Natal. 
 
Mas o que importa verdadeiramente, como de costume, permanece invisível ao olho semi-nú: a fúria com que as pessoas de bem se dedicam à caridade nesta altura, serve para exacerbar o contraste com a vida desgraçada que calha aos pobres no resto do ano neste nosso belo país e como tal contribui para o enraizamento de uma cultura social-democrática em Portugal. De cada vez que vejo uma tia de peruca na TV a falar de como é importante para toda a sua família jantar com os pobrezinhos de Lisboa no Natal, algo que fazem há mais de 200 anos como tradição familiar, e que ajuda a inculcar na sua prole a humildade católica tão importante para a reprodução social das elites, apetece-me pegar numa espingarda, levá-los para o Campo Pequeno e fuzilá-los com balas rebuçadas com merda de cão vadio (aos incautos que por aqui passem e se sintam ofendidos pela irresponsabilidade do meu apelo à violência, saibam que isto é tudo muito pequeno-burguês e inconsequente). 
 
O que isto significa é que embora esta caridade conjuntural possa chocar as consciências frágeis da esquerda intelectual, na qual orgulhosamente me incluo, o efeito colateral é empurrar o processo histórico uns milímetros na direcção que pretendemos: o fortalecimento do estado social, que deveria obviamente e irrevogavelmente garantir a todos os cidadãos um mínimo de condições de vida, de forma a poderem evitar essa tragédia anual que é o serem forçados a jantar no dia 24 de Dezembro com uma tia de Cascais, que ainda por cima não lhes dá o pito. As pessoas boas que infelizmente vivem na rua não merecem tal indignidade.