terça-feira, 7 de julho de 2015

JPP

Não sei nem quero saber porque razão o JPP decidiu ser o que tem sido nos últimos anos, mas tem tido a opinião publicada mais importante em Portugal desde o início deste marasmo. Digo isto sem ironia, a doença do pós-modernismo segundo o DFW, que jamais me passaria pela cabeça utilizar, como obviamente saberão. Entre a esquerda que finge que bastava dar porrada nos banqueiros para resolver a crise, a esquerda frouxita do PS que apresenta como alternativa a austeridade sim senhor, mas com incentivos ao investimento (estúpidos do caralho, pensam que somos parvos?) e a direita filha-da-puta que nos tem governando, JPP foi dos poucos que criticou desde o início as opções da maioria, que sempre evitou entrar pelos debates tecnocráticos irrelevantes e que sempre colocou tudo isto no plano politico, que é onde tinha que estar: o governo foi muito forte com os mais fracos e muito fraco com os mais fortes. Está tudo dito aqui, só que isto é uma frasesinha sem respeitinho, ainda por cima em Português, caralho, não conseguiu o JPP pôr ali no meio a palavra networking ou global (atenção, não é global em Português, é global em Inglês), ou leverage! É mesmo old fashioned  este JPP (já agora, só as pessoas old fashioned é que usam a expressão old school). Agora publicou ali no Abrupto um vídeo (que não vi) e um texto (que li) sobre a situação na Grécia e está lá tudo. Ainda por cima um texto com referências históricas, my god, que coisa mais out of this world.

Dá-lhes Pacheco!