Outro hábito estúpido é o de entupir as frases com palavras desnecessárias, cuja única intenção é legitimar o escritor usando uma lógica semelhante à do artista de circo que faz malabarismo com 10 bolas. Com a diferença de que no caso do malabarismo o objectivo é exactamente impressionar o espectador com a espectacularidade do acto, enquanto que com a escrita seria normalmente mais proveitoso a malta focar-se na mensagem e menos em serem uns caralhos de merda. No futebol isto é moda hoje em dia: já não se ataca, a equipa entra num movimento ofensivo; já não se passa a bola, os jogadores impelem o esférico num movimento linear; já não se mergulha, os jogadores deslocam o centro de gravidade na direcção do solo. Mas pronto, sem parvoíce o futebol seria mais aborrecido. Já noutros temas é uma bardajonice fazer o mesmo. Aqui há uns anos aquele gajo que faz crítica de televisão no Público tinha a mania de escrever 'a maioria sociológica'. Que caralho é essa merda? Como se distingue da maioria antropológica? Ou da maioria físico-química? E que tal referir-se à maioria minha besta do caralho?
Já agora, onde é que esta parva vai buscar esta disposição solarenga?